Transcrição – Vídeo – 2019-2
Agora que você já fez a tarefa anterior, pode ouvir novamente o vídeo e acompanhar com a transcrição abaixo. Aproveite para prestar atenção na pronúncia e escrita das palavras e adicionar novas palavras a sua lista de vocabulário.
Transcrição
A UNESCO escolheu 2019 como o ano internacional das línguas indígenas. Quase 500 mil pessoas se comunicam por idiomas regionalizados no Brasil, mas a tendência é que eles desapareçam em 50 anos.
Muito se engana quem pensa que o Brasil é um país de idioma único. Além da língua portuguesa, ainda resistem 170 das mais de mil línguas indígenas que existiam aqui antes da colonização.
Trabalhos como o do grupo InDiomas, liderado pelo professor Wilmar da Rocha D’Angelis, ajudam nessa preservação. Nos últimos dez anos, pesquisadores vêm atuando no registro de idiomas com etnias de várias regiões do país na formação de educadores dentro das aldeias e em universidades, além de colaborar na produção de materiais didáticos para os povos indígenas. Por considerar a tecnologia uma ferramenta fundamental neste processo, o InDiomas também ajudou na criação do primeiro site do Brasil totalmente em língua indígena.
Existe a internet, os computadores que eles acessam hoje em boa parte das aldeias, então uma parte do trabalho hoje de fortalecimento das línguas se dá abrindo espaço para as línguas na internet.
2019 foi escolhido pela UNESCO como o Ano Internacional das Línguas Indígenas e, para marcar a data, o grupo de estudos da Universidade Estadual de Campinas vai lançar alguns trabalhos importantes, entre eles um dicionário do kaingang paulista.
Que é um dialeto que está em franco desaparecimento, estava em franco desaparecimento e hoje os professores estão se retomando e trabalhando na escola e precisava de uma ferramenta.
A população indígena do país conta hoje com cerca de 900 mil representantes, mas menos da metade está apta a usar os idiomas indígenas. Sem iniciativas como a do professor Wilmar a estimativa de que essas línguas desapareçam em 50 ou 100 anos pode-se confirmar. Perder esse legado é enfraquecer a diversidade do país de que os brasileiros tanto se orgulham.
Os povos indígenas têm coisas para nos informar, tem coisas para nos contar sobre alternativas possíveis, sobre conhecimentos medicinais, sobre formas de lidar com as crianças.